Mais uma ação da campanha “Quem tem fome tem pressa” foi realizada na manhã desta quarta-feira (31). O Comitê de Solidariedade Bancária de Combate ao Coronavírus do Sindicato visitou o Circo Real Português, instalado ao lado do estádio Serejão, em Taguatinga Norte, para entregar 30 cestas básicas de alimentos e itens de higiene.

Os profissionais circenses vivem um forte drama para sobreviver. Fechados há vários meses em função da pandemia da covid-19, os circos seguem sem previsão de autorização para reabertura.

“Desde o ano passado, o Sindicato vem desenvolvendo essa ação de solidariedade que demonstra o seu comprometimento com os mais fragilizados, especialmente neste momento difícil que o mundo vive em função da crise da pandemia de covid-19”, esclareceu Humberto Maciel, diretor do Sindicato, durante a entrega das doações.

E continuou: “No Brasil temos 2 mil circos. Em Brasília são 5, todos eles sem operar e passando dificuldades. Os profissionais circenses estão à margem do processo de apoio governamental. Infelizmente, para o GDF, o circo não é considerado cultura, o que é um absurdo, uma vez que o teatro nasceu dentro de um circo, e grande parte dos artistas que se apresentam na televisão iniciaram sua carreira em um picadeiro. Mas, vocês não estão sozinhos. Contem com o apoio do Sindicato. Na medida do possível, vamos estar presentes”.

O diretor do Sindicato Eduardo Araújo e os dirigentes da Federação Centro Norte (Fetec-CUT/CN) Francinaldo Costa e Elis Regina também participaram da atividade de entrega das cestas básicas.

Crise no setor cultural

O Circo Real Português foi o único do DF que conseguiu manter as apresentações, no formato drive-in, por um tempo. Mas atualmente está sem realizar nenhuma atividade. Há uma década na capital, ele é fonte de renda para 10 famílias e, mesmo com essa alternativa, vive “a maior crise desta geração”, segundo a trapezista Juliana Portugal.

Juliana agradeceu a iniciativa do Sindicato: “O setor cultural está passando por uma situação muito difícil. Mas Deus não nos desampara e sempre coloca pessoas para nos amparar, como é o caso do Sindicato, que, com a doação dessas cestas, vai beneficiar 10 famílias que vivem exclusivamente do circo”.

Segurança alimentar aos mais vulneráveis

A campanha solidária do Sindicato “Quem tem fome tem pressa” foi lançada oficialmente no dia 1º de maio de 2020, Dia do Trabalhador, com a ajuda da categoria bancária, e tem como objetivo principal formar um fundo financeiro emergencial para levar, durante a pandemia de coronavírus, segurança alimentar e sanitária às pessoas em situação de vulnerabilidade social.

De lá para cá, inúmeras famílias e instituições sociais já foram beneficiadas, tendo como foco catadores de materiais recicláveis, pessoas em situação de rua, mulheres vítimas de violência doméstica, abrigos para a terceira idade, quilombos, LGBTs, creches, além das categorias formais e informais impactadas pelo desemprego ou pela retirada de direitos vivenciados atualmente.

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Mariluce Fernandes
Do Seeb Brasília